ESTUDOS BÍBLICOS

Thursday, October 06, 2005

QUE É O HOMEM PARA QUE DELE TE OCUPES?

por Juliano Henrique Delphino

SALMO 8

v.1 - Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, tu que puseste a tua glória dos céus!

Deus é Magnífico, Poderoso, Glorioso, Esplendoroso e todos os demais adjetivos absolutos que possam existir. Deus é (YAHWEH –“EU SOU”).

v.2-Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazeres calar o inimigo e vingador.

Deus é o Deus dos fracos e dos oprimidos. Escolhe aqueles que não são para destruir os que são, a fim de mostrar que todos os homens são iguais diante dele (somos pó). Devemos ser como as crianças (Marcos 5:35-37), pois é nelas, nos órfãos e nas viúvas que demonstra sua compaixão e deu poder destruindo o inimigo (I Coríntios 1:27-29)

v.3 - Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste,

A criação manifesta a glória de Deus, tanto o seu poder quanto a sua majestade (Romanos 1:20).

v.4- que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?

Se de toda a obra da criação a única que se rebelou contra Ele foi o homem, sendo ELE o TODO-PODEROSO, porque nos ama tanto, tão pecadores?

É o paradoxo dos paradoxos: Porquê Deus se preocupa com o homem?

É o paradoxo do amor divino, de seu amor por nós. Gosto de brincar dizendo: Se Deus tem uma fraqueza a sua fraqueza é a humanidade! Como ele nos ama!!!!

v.5-9 - Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra!

Uma das mais lindas profecias messiânicas. Deus nos ama tanto, de modo absoluto, que se fez carne, habitou entre nós, morreu na cruz do Calvário, ressuscitou ao terceiro dia, ascendeu ao Pai e retornará na consumação dos tempos. Jesus Cristo, nele temos a vida eterna (Hebreus 2: 5-9)

Monday, August 15, 2005

IDEOLOGIAS QUE ESCRAVIZAM

por Juliano Henrique Delphino

“Ora, havendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel. O seu filho primogênito chamava-se Joel, e o segundo Abias; e julgavam em Berseba. Seus filhos, porém, não andaram nos caminhos dele, mas desviaram-se após o lucro e, recebendo peitas, perverteram a justiça. Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram ter com Samuel, a Ramá, e lhe disseram: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam nos teus caminhos. Constitui-nos, pois, agora um rei para nos julgar, como o têm todas as nações. Mas pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei para nos julgar. Então Samuel orou ao Senhor. Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles. Conforme todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até o dia de hoje, deixando-me a mim e servindo a outros deuses, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve a sua voz, contudo lhes protestarás solenemente, e lhes declararás qual será o modo de agir do rei que houver de reinar sobre eles. (...) Tomará o dízimo do vosso rebanho; e vós lhe servireis de escravos. Então naquele dia clamareis por causa de vosso rei, que vós mesmos houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvira. O povo, porém, não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei, para que nós também sejamos como todas as outras nações, e para que o nosso rei nos julgue, e saia adiante de nós, e peleje as nossas batalhas. Ouviu, pois, Samuel todas as palavras do povo, e as repetiu aos ouvidos do Senhor.”
(I Samuel 8:1-9,17-20)

1-INTRODUÇÃO

A passagem acima conta quando a nação de Israel, influenciada pelos povos vizinhos, rejeita Samuel (o último juiz) e, à semelhança dos outros povos, pede um rei.

Ora, o povo, desde sua libertação do Egito operada por Yahweh (Jeová), vivia na organização dos “juízes” (homens escolhidos por Deus para libertar o povo durante as dificuldades e para julgar os conflitos segundo a Torah (Lei Mosaica)). Sendo povo de Deus, é óbvio que quem deveria para sempre os dirigir e os governar era Senhor. O Todo-Poderoso era o Monarca Soberano de seu povo – o Único Rei de Israel.

Contudo, aprouve ao povo, em um ato de pura rebeldia, repudiar o Senhor. E nessa loucura, requisitaram um rei. Pleitearam que um homem, um ser humano mortal, ao invés do Criador do universo, dominasse sobre eles.

Deus, em sua infinita misericórdia, concede o desejo, mas estabelece as regras da monarquia. Permite a instituição desse modelo humano de governo porque faria surgir da linhagem davídica o Rei, o Redentor e o Salvador: Jesus Cristo – Deus encarnado.

Todavia, a escolha do povo trouxe conseqüências catastróficas. A história dos reis de Judá e Samaria é a história da decadência e ruína do povo santo.

Com efeito, podemos tirar algumas lições valiosas:

2-DEUS É QUEM ESTABELECE O PADRÃO DE SEU REINO.

Algo que deve ficar muito claro em nossas mentes é que se o nome do reino é “Reino de Deus”, significa que o Reino pertence ao Senhor Deus e não aos homens, pois, do contrário, seria “reino dos homens” e não Reino de Deus.

Outro ponto fundamental, o Reino de Deus se opõe frontalmente às coisas e valores deste mundo. Absolutamente diferente dos governos humanos, o Reino do Senhor possui características específicas que o distingue:

Humildade:Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. (Mateus 18:4)

Amor:Certa vez, um fariseu conversando com Jesus afirmou que amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é maior que qualquer sacrifício e oferta. Logo em seguida, Jesus replicou: “Vocês não está longe do Reino de Deus”(Marcos 12:34b)

Justiça:Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”. (Mateus 6:33)

Liberalidade:É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. (Mateus 19:24)

Liberdade: Jesus não veio mudar sistemas, mas pessoas, chamando-as ao arrependimento: “porque o Reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21b)


No Reino de Deus, Jesus nos transforma de escravos a livres, de sujeitos a filhos. Faz-nos filhos de Deus, onde todos os homens são iguais e ninguém domina sobre ninguém, mas apenas o Senhor é sobre todos. Como está escrito: “E conhecerão a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32)

3-A SEDUÇÃO DO MUNDO – SEDUZIDOS POR IDEOLOGIAS

Feitas as considerações acerca do Reino, regressando ao texto, podemos ver que tudo começou com um escândalo. Joel e Abias, os filhos de Samuel, através de suas práticas escandalizaram, tornaram-se motivo de tropeços (v. 1-3).

Aqueles que deveriam zelar pelas coisas de Deus, foram os primeiros a usurparem das dádivas e do Poder do Todo-Poderoso, sendo um mau exemplo a toda nação, abrindo uma brecha.


Uma ideologia é uma inversão; não é o real, mas é algo falso, uma imagem. Têm aparência de verdade, mas é uma mentira.

As ideologias são as filosofias e teorias deste mundo, representando as aspirações de um grupo. São as cosmovisões (visões de mundo), verdadeiras invenções humanas, funcionando como doutrinas justificadoras do exercício de dominação e de exploração do homem pelo próprio homem.

Vivemos num mundo repleto delas, exemplificando: capitalista, neoliberal, comunista, fascista, ecumênica, ateísta etc.

Destarte, vemos que o povo de Israel, diante de um escândalo, foi seduzido pela ideologia de sua época: a monárquica. E pediram um Rei.

4-CONSEQÜÊNCIAS DA ABSORÇÃO IDEOLÓGICA

Absorver-se por ideologias implica em rejeitar de Deus:Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles.” (v.7)

Rejeitar ao Senhor acarreta à escravidão : “Tomará o dízimo do vosso rebanho; e vós lhe servireis de escravos.Então naquele dia clamareis por causa de vosso rei, que vós mesmos houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvira. “(v.17 e 18)

A ideologia é fruto da obstinação: “O povo, porém, não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei, para que nós também sejamos como todas as outras nações, e para que o nosso rei nos julgue, e saia adiante de nós, e peleje as nossas batalhas.” (v19 e 20)


Diante disso, a pergunta que devemos fazer é: que tipo de “evangelho” nós estamos vivendo?

Atualmente, temos visto pessoas serem absorvidas por teologias baratas, oriundas de ideologias que invadem as igrejas, sob o rótulo de “cristãs”, mas que distorcem o Evangelho de Cristo, sendo verdadeiras heresias veladas.

A mais gritante é a do “evangelho capitalista”. Sob a forma de teologia da prosperidade, métodos de marketing, ou Gospel®, pregam coisas absolutamente contrárias à Bíblia.
Todas as características do Reino são deixadas de lado, prevalencendo valores mundanos como:

a) individualismo (egoísmo): tudo é voltado para satisfazer desejos pessoais.

b) soberba e arrogância (luta por cargos e poder):“...porque Deus te tomou por cabeça e não por cauda!

c) riquezas (prosperidade material): – “Você está pobre porque lhe falta a fé!


Criando falsas promessas, dando à palavra de homens o peso de palavra de Deus, a conseqüência da mentira é a frustração em razão da impossibilidade de se preencher todas as expectativas.

Com efeito, temos uma geração de crentes desesperançados, abatidos e aflitos, pois, infelizmente, o “céu” que lhes foi pregado é o “céu capitalista” de riquezas mundanas e de poderio humano, e não o Paraíso Bíblico inerente a realidade do Reino de Cristo (Reino de Deus).

Como disse o apóstolo João: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre. Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora. Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos”. (I João 2:15-19)

Portanto, não se deixem escravizar, mas fugis das ideologias!

Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas. Exercita-te a ti mesmo na piedade.” (I Timóteo 4:7)

Wednesday, June 01, 2005

VAIDADE

por Juliano Henrique Delphino


“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. (...) E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem. Atentei para todas as obras que se faz debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão. (...)E apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras; e vim a saber que também isso era desejo vão. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.”
(Eclesiastes 1:1- 4,13-14,17-18)


Uma vaidade é algo que valorizamos tanto, como se fosse sublime, mas que ao mesmo tempo é tão efêmero que não deveria ser assim considerada. São ilusões, imagens, projeções, reflexos, coisas que são etéreas. Às vezes são tão lindas que possuem o condão de eternidade e de superioridade, mas são tão voláteis, que na mesma velocidade que surgem, desaparecem.

Uma vaidade é como o brilho de muitas estrelas. Pode-se ver a sua luz de noite, até se suspira observando-a, mas há milhões de anos não existe mais. Resta apenas a luz emitida que percorre o universo, como uma reminiscência do que já não é, pois ela não está mais lá.

Do dicionário Aurélio temos:
Vaidade. S.f 1. Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro.
Vão. Adj. 1. vazio, oco. 2. Sem valor, fútil, insignificante.

O que quer dizer é a vaidade das vaidades? A qual delas o Pregador se referia? Seria a principal de todas as vaidades existentes? Mas o que?

A vida humana!

Esse é o objeto; o tema; o cerne do livro de Eclesiastes.

Que angústia, que questionamento existencial! Qual é o sentido da vida?

Salomão buscou tanto na sabedoria (razão) como na loucura (prazeres) a resposta para essa pergunta e eis que não a encontrou. Durante todo o livro faz reflexões sobre aquilo que nós somos sem chegar a um denominador comum.
As mesmas indagações do pregador assolaram os homens durante a história e continua nos assolando.

Qual é a resposta?

A filosofia não a tem. O hedonismo também não.

Se não está em Deus, onde está?

“Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.” (Salmo 14:1)

Colocaria e minha fé no homem? O mesmo que fez duas Guerras Mundiais? Nos mortais está a minha esperança?

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus...” (Eclesiastes 12:13a)

Vaidade de vaidades. Tudo é vaidade!

Monday, May 16, 2005

SUICÍDIO

por Juliano Henrique Delphino

“Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. De repente houve um tão grande terremoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos. Ora, o carcereiro, tendo acordado e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, porque todos aqui estamos. Tendo ele pedido luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”
(Atos 16: 25-31)


O que pode levar um homem a tirar a sua própria vida?

Inúmeros motivos têm sido dados para justificar o ato de se matar, mas parece que nenhum deles revela-se razoável.

De tudo de polêmico que envolve a questão, a única coisa certa é que o suicídio é uma falência pessoal e social.

Pessoal: porque o indivíduo que o comete, na maioria dos casos, desistiu de viver, demonstrando-se inapto a enfrentar as situações cotidianas.

Social: porque seu ato provoca a repugnância na sociedade, em especial das pessoas que o cercam, deixando marcas indeléveis em face da sensação de impotência, bem como expõem as chagas da derrota da família, dos amigos, do grupo de convívio, incapazes de dar as condições para que aquela pessoa amada pudesse ter continuado a lutar.

O suicídio sempre afeta a todos!

O estudioso Émile Durkheim classificou-o em três tipos básicos:

1- Suicídio Egoísta: decorre do enfraquecimento do controle social com o favorecimento do individualismo mórbido que tendesse ao suicídio (ex.: Saul)

2- Suicídio Altruísta: contraponto ao anterior , é o cometido por uma causa nobre em favor de outras pessoas ou em pró da comunidade (ex.: Sansão)

3- Suicídio Anômico: decorre de conflitos sociais internos, como a emigração, desorganização social e dificuldades econômicas, que frustrariam as aspirações do indivíduo, eliminando toda a base moral e regramentos da sua vida – por isso se diz anômico (gr. anomos: “sem lei”) –, levando-o ao suicídio (ex.: Judas Iscariotes)

Os estudos psiquiátricos têm mostrado que o suicídio está intimamente ligado aos casos de depressão, podendo ser uma atitude decorrente do agravamento desta em um estágio avançado ou final.

O suicídio, até seu ato final, é precedido de comportamento suicida o qual pode ser identificado estágios de progressão até a tentativa ou consumação:

1- Idéias suicidas: são o grau inicial. Apresentam-se primeiro de forma esparsa, para depois adquirir proporções deveras significativas, de modo que não conseguem ser afastadas da mente do indivíduo.


2- Desejo de suicídio: acompanham a idéia de suicídio, ou a vontade de praticá-lo, sem, contudo, o planejamento específico ou a ação.


3- Intenção de suicídio: a ameaça de pôr fim à vida é claramente expressa, sem a realização de ação concreta, porém. Em geral antecede o plano de suicídio.


4- Plano de suicídio: o indivíduo decide pôr fim à vida, passando a tramar a própria morte, planejando os detalhes de lugar, hora e método. Por vezes, deixa um "bilhete" de despedida.


5- Tentativas de suicídio: são atos auto-agressivos, mas não fatais, primando o indivíduo por tentar assim vingar-se, chamar a atenção, provocar culpa nos outros, entre outras motivações.


6- Atos impulsivos: consistem em atos agressivos sem planejamento suicida, acompanhados de métodos repetitivos e estereotipados. Na tentativa de suicídio e no ato impulsivo a efetiva ameaça à vida tem graus variáveis, culminando nas tentativas de suicídio, cuja letalidade é interrompida por terceiros ou por profissionais da saúde.


7- Suicídio: tem por desfecho a morte. É caracterizado pelo planejamento cuidadoso e emprego de métodos realmente letais.


É claro que nem sempre se procede necessariamente nessa ordem. Mas o intuito é demonstrar que ninguém se mata de uma hora para outra, mas é fruto de um processo.

A problemática do suicídio no meio evangélico repousa muito mais no tabu, ou seja, na Igreja (instituição) que se nega a falar ou enfrentar o assunto, do que na questão se a Bíblia permite ou condena o ato.

Não obstante, é um inafastável que a Igreja atual está totalmente despreparada para enfrentar o assunto. Preferindo responder a essa sensível questão da seguinte forma: O suicídio é um ato de covardia e todo suicida vai para o inferno!

Tal afirmação constitui num verdadeiro dogma, criando uma barreira intransponível.

Com efeito, a conseqüência em nosso meio é que, quem pensa em suicídio tem vergonha de falar, e acaba não procurando ajuda por ter medo da reação.

O final é que a maioria das pessoas, que vão às igrejas ou são membros, que cometem suicídio, a congregação acaba não sabendo ou não participando do processo porque essas pessoas tendem a se afastar em um certo período anterior ao ato.

Portanto, voltando ao ponto inicial. O suicídio também é uma falência da Igreja (insituição)!

Em que pese os nossos sentimentos confusos e nossa opinião sobre o assunto, o texto acima colacionado mostra como o suicídio pode ser derrotado quando a igreja (de Cristo) enfrenta o problema “em Nome de Jesus” com base no amor. Se importando com o próximo.

No texto, Paulo e Silas, após a milagrosa libertação da prisão vêem o carcereiro tentar dar cabo de sua vida. Isto é, um homem em estado de desespero e angústia, sob a influência de uma depressão e estresse profundo, decide se matar.

Qual foi a reação de Paulo? Será que ele agiu como nós temos agido? Foi Paulo indiferente?

Claro que não! Mas antes respondeu: “Não te faças nenhum mal, porque todos aqui estamos”.

Queridos, o apóstolo Paulo disse exatamente aquilo que o suicida precisava saber, ou seja, que ele não estava sozinho, mas que todos nós (igreja) estamos aqui. Que o amamos e que seja qual for o problema, a solidão não irá reinar, porque existem pessoas que se importam com ele e estão ao seu lado para ajudá-lo.

Em outras palavras, Paulo simplesmente aplicou o que diz o mandamento de amar o seu próximo como a si mesmo.

Na atualidade as causas de depressão são inúmeras. Mas o principal motivo de depleção emocional é o individualismo exacerbado de nossa sociedade e o espírito competitivo.

Criam-se tantas expectativas sobre o indivíduo, cuja maioria são impossíveis de serem cumpridas, que este se sente miserável é fracassado, tendente a perder a direção ou a razão para viver.

A necessidade de ter o corpo perfeito - nas mulheres o corpo de modelos e nos homens o corpo de Apolo. A imposição de máxima virilidade e potência sexual. A obrigação de ser bem-sucedido na carreira. Ter posição social privilegiada e todas as outras demandas da sociedade do consumo, leva o homem pós-moderno à solapar a personalidade.

Se o “mérito” da Modernidade foi elaborar a “Morte de Deus”, dispensando o Criador, substituindo-o por uma filosofia progressista (materialismo dialético) de um futuro sem Deus. Após duas Grandes Guerras Mundiais, o otimismo acabou e a sensação de fatalismo tomou conta da humanidade, fazendo surgir uma Pós-Modernidade do homem contemporâneo que sente a necessidade Dele, mas não sabe aonde procurá-Lo, pois a geração anterior "o matou". O mérito da Pós-Modernidade é o niilismo (doutrina que preconiza o nada .

O homem se encontra no meio do nada! Após um período onde se pregava um futuro sem Deus. Hoje vivemos num presente sem Deus e sem futuro!

Nisso reside às causas das depressões e do aumento da incidência de suicídios.

O papel da igreja é dizer: Não te faças nenhum mal, porque todos aqui estamos!

Como conseqüência, o mundo nos pergunta: “que me é necessário fazer para me salvar?”

E a resposta igreja deve ser sempre: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.

Isto é, a pregação eficaz do evangelho! Que sai das paredes do templo e que invade as ruas. Impactando, resgatando as almas perdidas. Dando soluções e esperança aos desamparados e desesperançados.

Ao invés de ficarmos nos dogmas do tipo: todo suicida vai para o inferno! Devemos dizer: Nós te amamos e estamos do teu lado! Jesus ama você! Há solução!

Se você está em depressão ou pensa em suicídio quero te dizer: Eu estou aqui! Jesus te ama! quero enfrentar o seus problemas junto com você. Me escreva: juliano@delphinoadvogados.com.br ou diazep@hotmail.com .

Friday, April 08, 2005

GEMIDOS INEXPRIMÍVEIS

por Juliano Henrique Delphino

“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
(Romanos 8:26)


De modo simples, orar é conversar com Deus. É expor o nosso coração diante do Pai estabelecendo uma relação de intimidade. A oração se dá de inúmeros modos: em pensamento, em louvores etc. Às vezes um simples suspiro ou um choro vale mais do que mil palavras (“... e Ezequias chorou amargamente.” - Isaías 38:3b).

Existe um mito de que Deus precisa de nossas orações. A verdade é que não precisamos falar nada para que Ele saiba o que se sucede conosco. Sendo a onisciência uma das características de Sua soberania, Deus conhece todas as coisas. Como se diz, “... antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor” (Salmo 139:4).

Todavia, somos nós que necessitamos de Deus. Em Cristo Jesus temos hoje livre acesso ao Pai, o que nos permite colocar todas as nossas ansiedades diante de Sua presença, sem intermediários. E é através da oração – veículo pelo qual o Senhor permite que nos acheguemos a Ele – que se dá esse “aproximar-se”, demonstrando humildade e sentimento de dependência.

Deus nos ouve!

A oração tem o poder de mexer no sobrenatural: “A oração de um justo é poderosa e eficaz.”(Tiago 5:16b). Atua tanto que, sempre que oramos no nome de Jesus, o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis, em um clamor que não se expressa ou se manifesta em palavras, mas ultrapassa a nossa realidade atingindo a esfera espiritual, transformando o universo, fazendo a natureza tremer, transcendendo o entendimento humano. Isto é, o Espírito Santo se move em nosso favor quando nós oramos.

Ora, nada é por acaso, mas em tudo o Senhor tem uma razão, porque “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”(Romanos 8:28)

Com efeito, a oração acompanhada de fé em Cristo Jesus reverbera no mundo espiritual de tal sorte que carrega consigo a soberania de Deus, ou seja, o Espírito Santo traduz as nossas angústias levando ao conhecimento do Pai e, conseqüentemente, Deus age para o nosso bem.

É neste sentido que os gemidos inexprimíveis deve ser interpretado. Por causa da nossa oração, Deus move o mundo por amor a nós.

O Espírito de Deus que estava presente na criação, posto que se movia sobre a face das águas (Gênesis 1:2), agora está presente na recriação, interferindo na oração dos nascidos de novo (João 3:3-8), movendo tudo com gemidos inexprimíveis para abençoar os seus Filhos.

Portanto, sempre que você orar, lembre-se que o Espírito Santo está junto com você, com um clamor que não se põe em palavras e com um poder absoluto capaz de mudar radicalmente todas as coisas em seu favor.

Oremos sempre no espírito, porque a oração é capaz de transformar o mundo!

Tuesday, April 05, 2005

TOCAR EM JESUS

por Juliano Henrique Delphino

“Jesus foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. Ora, certa mulher, que havia doze anos padecia de uma hemorragia, e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos, e despendido tudo quanto possuía sem nada aproveitar, antes indo a pior, tendo ouvido falar a respeito de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe o manto; porque dizia: Se tão-somente tocar-lhe as vestes, ficaria curada. E imediatamente cessou a sua hemorragia; e sentiu no corpo estar já curada do seu mal ... Perguntou Jesus: Quem é que me tocou? Como todos negassem, disse-lhe Pedro: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem. Mas disse Jesus: Alguém me tocou; pois percebi que de mim saiu poder. Então, vendo a mulher que não passara despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, declarou-lhe perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como fora imediatamente curada. Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz”
(Marcos 5:24-29; Lucas 8:45-48)

Essa passagem conta sobre uma mulher com um fluxo ininterrupto de sangue de doze anos. Uma judia afligida por uma doença incurável que havia consumido todo o seu patrimônio.

Maior do que o sofrimento físico era o decorrente da desonra que sobre ela pairava, pois segundo a Lei, o homem ou mulher acometido de fluxo era considerado imundo, e tudo o que ela tocava imundo ficava, quer fosse objeto ou pessoa, pois pelo período que durasse a sua hemorragia, era o período da sua imundícia, como está escrito:

Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o fluxo na sua carne for sangue, ficará na sua impureza por sete dias, e qualquer que nela tocar será imundo até a tarde... Se uma mulher tiver um fluxo de sangue por muitos dias fora do tempo da sua impureza, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua impureza, por todos os dias do fluxo da sua imundícia será como nos dias da sua impureza; imunda será. Toda cama sobre que ela se deitar durante todos os dias do seu fluxo ser-lhe-á como a cama da sua impureza; e toda coisa sobre que se sentar será imunda, conforme a imundícia da sua impureza.E qualquer que tocar nessas coisas será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde. Quando ela ficar limpa do seu fluxo, contará para si sete dias, e depois será limpa. Ao oitavo dia tomará para si duas rolas, ou dois pombinhos, e os trará ao sacerdote, à porta da tenda da revelação.”(Levítico 15:19,25-29)

Aos olhos do judaísmo, segundo a Lei, o sagrado não santifica o comum, mas o imundo sempre profana o sagrado (Ageu 2: 12,13). A idéia que se tinha e que ainda se tem é que nunca poderemos nos achegar a Deus, porque Deus não se aproxima de pecadores.

Portanto, aquela mulher era uma imunda! E por onde ela andasse, carregava a sua imundícia consigo, sujando tudo ao seu redor.

Ora, se um judeu comum jamais poderia tocar ou ser tocado por uma mulher desse tipo sob pena de ficar imundo, como poderia ela tocar em Jesus, o Messias?

Quantas vezes nós não somos paralisados por esse tipo de pensamento?

Mas aquela mulher, ao contrário de nós, não olhou para a sua situação e seu sofrimento, mas olhou para o Senhor com os olhos da fé, e em esperança contra a desesperança cria com absoluta convicção de que “se tão somente tocasse-lhe as vestes, ficaria curada”, pois Deus não pode ser contaminado pelo mal, mas o oposto, o Todo-Poderoso é tão Santo, que tudo o que Nele encosta, ainda que seja a coisa mais imunda, é purificada pelo seu poder!

É isso a fé! É a plena certeza do cumprimento das promessas de Deus. É paradoxo e paixão que permite que Dele nos aproximemos. Se pela lógica o que aquela mulher estava cometendo era um sacrilégio, pela fé era um ato de amor capaz de mover o sobrenatural, como diz em Hebreus 11:6, “ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

E foi nisso. Tão e somente nisso que aquela mulher imunda, como muitas vezes as pessoas vão afirmar sobre nós, assim como falam das prostitutas, travestis e bandidos, creu de todo o seu coração nessa promessa. Ela nunca duvidou, pois tinha a certeza que Deus é galardoador dos que o buscam.

Soma-se a isso que Jesus estava no meio de uma multidão. Centenas de pessoas o haviam e estavam o tocando, mas quando aquela mulher, movida de toda a fé lhe tocou, Ele se moveu, parando e perguntando quem o havia tocado.

Os discípulos, como nós, em sua visão incrédula, replicaram: - “Mestre, a multidão te toca!” Como se fosse impossível saber.

Mas Jesus revela que o toque que sofreu foi diferente, foi um toque de fé, de tal sorte que dele “saiu virtude”, “saiu poder”.

E aquela mulher com medo – já que há doze anos fora subjugada ao rótulo de imunda e, afinal de contas, ousava tocar e profanar o Messias –, apavorada com a possível reação da multidão, se identifica, declara o motivo que o tocara e como fora curada.

A resposta de Jesus é simples: – “a tua fé te salvou”.

Quantas vezes o sofrimento nos atormenta, o vazio nos devasta, a solidão nos condena, o pânico e a angústia se fazem presentes, e sem saída, perdemos toda e qualquer esperança num futuro, sonhamos com a morte, flertamos com o suicídio, fazemos das trevas a nossa morada, aguardando apenas o fim?

O homem não tem a resposta para o sofrimento, mas Deus tem a saída. Para tanto, basta tocar em Jesus!

Somente através da fé podemos tocar no Mestre. Quando eu e você verdadeiramente tocarmos em Jesus, o milagre iremos ver, porque Dele sairá virtude.

Ao que lhe disse Jesus: Se podes! -tudo é possível ao que crê”.(Marcos 9:23)

Tuesday, March 29, 2005

CIRCUNCISÃO E VIRGINDADE: UMA RESTAURAÇÃO

por Juliano Henrique Delphino

Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a circuncisão és transgressor da lei. Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
(Romanos 2: 25-29)

A circuncisão é o símbolo da Aliança de Deus com Abraão (Gênesis 17:9-14), com base na Sua promessa a este: “farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência”. (Gênesis 13:16) Se operava na carne, isto é, no prepúcio, representando a purificação e a separação dos descendentes de Abraão, significando que o homem circuncidado possui uma descendência santa, separada à Deus.

A circuncisão é um símbolo do temor do Senhor, de obediência, de santificação, de amor e devoção a Deus, sem as quais, esta perde o seu significado.

Ocorre que os judeus começaram a confiar na autojustificação, achando que pelo fato de serem circuncidados, isso lhes outorgava o direito de filho de Deus, sendo algo em que se gloriavam. Por isso desprezavam os gentios (todos os não judeus) sentindo-se superiores por viverem uma vida regrada, entendendo que as nossas condutas são suficientes para adquirirmos a vida eterna.

Esse problema atingiu a igreja primitiva, havendo dissensão entre dois partidos: dos cristão-judeus e dos cristão-gentílicos. Os judaizantes olhavam com desprezo os cristão-gentios, sentindo-se superiores, julgando para a condenação todos aqueles que não cumpriam a Lei, chegando a ponto de ensinarem que para ser salvo a graça de Cristo não era suficiente, mas operava em conjunto com a guarda da Lei.

Neste contexto o apóstolo Paulo escreveu a carta aos romanos, mostrando a verdadeira circuncisão. Muito mais do que ações exteriores, a Aliança que Deus estabelece com o homem é sempre no coração. E que a Nova Aliança, superior à Antiga baseada em ordenanças, é a aliança do amor, realizada em Cristo Jesus, no seu sacrifício na cruz do Calvário, levando sobre si todos os nossos pecados, apagando todas as transgressões, nos reconciliando com o Deus para todo o sempre. Amém!

Aplicando o texto aos nossos dias, em tempos de baixeza moral, em que muitos cristãos vivem com absoluta falta de compromisso, tendo uma vida devassa, há aqueles que se guardam de todas essas coisas, procurando viver de acordo com os padrões do Todo-Poderoso. Todavia devemos saber que isso é conseqüência de termos sidos salvos, como prova da fé que operou a salvação em nós, para que andássemos de acordo com as boas obras que Cristo de antemão preparou para que nelas vivêssemos (Efésios 2:8-10).

Daí não significa que podemos nisso confiar, pois não é pelas obras que somos justificados, mas pela fé em Jesus Cristo. Como está escrito: “...a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção.” (Romanos 3:22).

Semelhantemente, infelizmente muitos de nós tem se gloriado na carne. Quando fazemos isso, ou seja, nos gloriamos em nossos atos, inferiorizamos aqueles que, arrependidos, tentam se aproximar de Deus, mas não conseguem por causa do nosso duro juízo.

Desta sorte, criam-se grupos na igreja: os dos “consagrados” e os dos “pecadores”. E assim, por mais que os pecadores tentem, jamais serão como os consagrados, pois faltam neles coisas que só os consagrados possuem: ter nascido na igreja, família de crente, virgindade, nunca faltar n EBD, ter inúmeras atividades, nunca ter se “contaminado o mundo” etc.
Ocorre que todas essas coisas, sem fé, e sem um amor verdadeiro de nada valem. É orgulho espiritual e soberba que conduz ao endurecimento do coração.

Um novo tipo de circuncisão surgiu nos tempos de hoje: a virgindade

Devemos ter em mente que é uma benção se manter assim, e que a sua perda produz conseqüências incomensuráveis, pois nos tornamos um com aquele com quem dormimos. E se somos templo do Espírito Santo, devemos nos afastar da prostituição (I Coríntios 6:12-20).

Em tempos de depravação sexual, de libertinagem e sodomia, manter-se virgem para um cristão é como a circuncisão para um judeu. A virgindade representa a nossa consagração, a nossa separação desse mundo, uma aguardar em Jesus a mulher (ou homem) que Ele preparou para nós, a fim de termos uma descendência consagrada.

Mas muitos jovens perderam a sua virgindade e com isso precisam de restauração. E mesmo arrependidos sentem que nunca mais poderão ser os mesmos.

Contudo, Jesus é Deus de restauração!

Virgindade é algo importante, mas sem amor, sem relacionamento genuíno com Cristo é como perdê-la.

Quando confessamos os nossos pecados e nos arrependemos, Jesus é capaz de restaurar todas as coisas. Ainda que para o mundo não sejamos mais virgens, Deus torna imaculada todas as coisas a qual santificou. “...ao que Deus purificou não consideres comum” (Atos 10: 15)

Se você é virgem, mantenha-se assim, não caia e nem se glorie nisso. Mas se você não é, saiba que Deus restabelece todas as coisas, como diz em Miquéias 7:18-19: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”

Para concluir, com todo o temor e tremor, sem querer alterar nada, mas pedindo permissão e misericórdia para o Senhor, encerro parafraseando o texto de Romanos: “Porque a virgindade é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua virgindade tem-se tornado em não- virgindade. Se, pois, o não- virgem guardar os preceitos da lei, porventura o não- virgem não será reputada como virgem? E o não-virgem que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a virgindade és transgressor da lei. Porque não é cristão o que o é exteriormente, nem é virgindade a que é só exteriormente na carne. Mas é cristão aquele que o é interiormente, e virgindade é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.”

Santifique-se!